É caracterizada pela presença de depósitos de hidroxiapatita no tendão. O tendão denominado supraespinhoso é o local mais comumente afetado. Pode acometer os dois ombros com incidência maior em torno dos 30 aos 50 anos de idade.
É uma doença que apresenta determinados estágios que vão desde a formação da calcificação até uma eventual e espontânea desintegração (somente em 10% dos casos). Estas fases podem durar um período variável de 5 a 20 anos. Dependendo da fase que se apresenta pode ser uma descoberta acidental ou também pode causar dor com dificuldade dos movimentos, geralmente devido a um bloqueio mecânico na articulação.
Na maioria das vezes o exame clínico, radiografias simples do ombro e a ultrassonografia são suficientes para o diagnóstico.
O tratamento varia de acordo com a fase que o paciente se apresenta, variando desde o uso de medicamentos, fisioterapia, acupuntura, tratamento por ondas de choque e eventualmente a cirurgia.
Na maioria das vezes o tratamento convencional com fisioterapia e anti- inflamatórios são satisfatórios, porém em tomo de 30% dos casos não há melhora, havendo indicação de cirurgia para a remoção da calcificação.
O tratamento por ondas de choque é uma alternativa à cirurgia para os pacientes que não obtiveram melhora com o tratamento convencional, pois não é invasivo, é ambulatorial, não requer anestesia, é de menor risco, de menor custo quando comparado com a cirurgia.
É preferível utilizar um aparelho gerador de ondas de choque acoplado com ultrassonografia ou raio-x para focalizar a onda de choque na calcificação( existe uma mira ou cross-hair) .0 uso de alta energia é mais eficaz e as aplicações são feitas com intervalos de 7 dias, num total máximo de 3 aplicações.
A desintegração ocorre em 70% dos pacientes tratados, não havendo reaparecimento da calcificação.